domingo, 22 de fevereiro de 2015

Blue Ridge - GA - EUA



22/02 - Mônica Germer para o Blog Estação Porão

O passeio de trem "Blue Ridge Scenic Railway" dura 4 horas e começa na pequena cidade de Blue Ridge, Georgia e vai serpenteando o rio Toccoa através de pontes e vilarejos.

O trem para em McCaysville/Copperhill. A locomotiva pára no Tenessee e os carros na Georgia!

Esse passeio oferece a chance de se sentir uma verdadeira maquinista, pois existem tickets especiais que dão direito a viajar na locomotiva!

A sensação é incrível, de poder sentir todo a força da locomotiva tracionando os carros.

www.brscenic.com

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Vagões do metrô de NY são atirados ao mar para fazer recifes artificiais

15/02 - Folha de S. Paulo / Revista Ferroviária


A última parada de antigos vagões de trens nova-iorquinos, chamados de Redbirds, que foram utilizados no metrô por 40 anos, é o oceano Atlântico, 30 km mar adentro.

O Departamento de Trânsito da cidade escolheu o fundo do mar como forma de descartar os vagões para que eles virassem recifes artificiais.

O objetivo é simples: além de atrair turistas, tais recifes fazem com que os mergulhadores deixem de frequentar os corais naturais, muito sensíveis à presença humana.

Os trens foram ao mar ao longo da última década. O processo atraiu o fotógrafo Stephen Mallon, cujas imagens dos afundamentos estão em exposição em Manhattan entre 6 e 8 de março, na Galeria Kimmel da Universidade de Nova York.
"Enquanto fotografava, eu só pensava 'meu Deus, que imagens' entre os cliques", disse o fotógrafo à Folha.

A iniciativa americana não é a única. No Brasil, a Associação MarBrasil, que reúne pesquisadores da área biológica, tem nos últimos anos jogado blocos de concreto ao mar no Paraná para fazer recifes artificiais. Entre março e abril, a entidade pretende lançar 1.500 novas unidades –o Ibama, que tem de ser consultado para que isso seja feito, já aprovou o projeto.

Nesse caso, o objetivo é mais científico: deseja-se entender como ocorre a colonização, primeiro por microalgas e bactérias que se incrustam nos blocos, depois por peixes em busca de alimentos.

O que está ficando cada vez mais claro para os cientistas é como a vida toma com facilidade as estruturas para si. Eles estimam que em dois anos o ecossistema se estabelece inteiramente, e depois de escolhido o lugar adequado não é preciso fazer nada além de deixar a natureza trabalhar.

Além de outras iniciativas com concreto no Rio de Janeiro e no Espírito Santo, o Brasil também já afundou navios, como o rebocador Walsa, em 2009, em Recife, e o cargueiro grego Victory 8B, com 89 metros de comprimento, submerso desde 2003 no Espírito Santo. Ambos servem à pesquisa e ao turismo.

Para afundar vagões ou navios, é preciso retirar pneus, janelas, fios, baterias, resíduos de combustível e tinta. Fica só a estrutura metálica.

Frederico Brandini, professor titular do Instituto Oceanográfico (IO) da USP e ex-presidente da MarBrasil, conta que a biodiversidade em um recife artificial é alta. "Existe muita complexidade no ambiente. São muitas tocas, buraquinhos. Vários organismos conseguem se fixar ali e isso atrai peixes. É um verdadeiro jardim."

Além disso, o local tende a ser uma área protegida, em função da estrutura do objeto afundado –ficando por lá, peixes não são atingidos pela pesca de arrasto, por exemplo, e conseguem se esconder de predadores maiores.
No Paraná, já estão sendo vistas espécies de peixes, como neros e garoupas, que antes não habitavam nem corais naturais. O IO-USP pretende reproduzir a experiência no litoral norte de São Paulo.

Há quem seja mais criativo na hora de criar recifes. Os búlgaros, por exemplo, jogaram ao mar um avião em 2011.
O Tupolev-154, fabricado na União Soviética e parecido com um Boeing 727, pertencia ao ditador comunista Todor Zhivkov e foi utilizado, entre outros, por Fidel Castro. O avião, agora com frequentadores bem mais inofensivos, repousa hoje entre peixes a 700 metros da costa de Varna, onde virou ponto turístico.

Já os tailandeses preferiram mandar, em 2010, 25 tanques de guerra desativados (e inúteis) para o fundo do oceano, pois estavam preocupados com a redução no número de peixes na região.

Conheça cinco viagens para fazer de trem pelo mundo

15/02 - Folha de S. Paulo / Revista Ferroviária


Quem ama viajar sabe que o trem pode ser apenas o meio de transporte de um destino ao outro ou a própria viagem. E são vários os percursos, em todos os continentes, que permitem ao turista apreciar o destino escolhido sem sair de um vagão.

1. Moscou - Vladivostok (Ásia)
O mais famoso desses trajetos é da Transiberiana, na Rússia. Da estação Yaroslavky, em Moscou, até Vladivostok, próximo da China e da Coreia do Norte, são quase 10 mil quilômetros em uma estrada de ferro. A viagem de trem mais famosa do mundo, atravessa, por sete dias, parte da Europa oriental e do continente asiático. Construído em 1916 pelos czares russos, o trajeto é ideal para quem quer conhecer diversas culturas, paisagens e regiões, em seis fusos horários diferentes.

2. Quito - costa de Durán (América Latina)
Na América Latina pode-se encontrar uma viagem de trem imperdível para quem quer mergulhar no universo mágico dos incas. O trem "Crucero", no Equador, sobe 41 quilômetros na ingrime montanha Nariz del Diablo, da capital Quito até a costa de Durán. A viagem dura quatro dias e passa por 14 vulcões andinos.

3. Edimburgo - montanhas de Highland (Europa)
A Escócia também entra na lista com o luxuoso trem Royal Scotsman, que parte de Edimburgo e vai até as montanhas de Highland, atravessando paisagens de tirar o fôlego. Nos vagões, os funcionários entretêm os viajantes com histórias de cavaleiros e de antigas lendas. O passeio tem algumas paradas programadas, como visitas a castelos e muralhas, ao famoso Lago Ness e às melhores destilarias de whisky.

4. Trens Shinkansen no Japão (Ásia)
A linha de trens Shinkansen, no Japão, também é uma ótima opção para quem quer velocidade. Ela liga várias cidades japonesas com velocidades superiores a 300 km/h. O país também conta com um trem que liga Osaka a Tóquio, que atinge o recorde mundial de 581 km/h, graças à tecnologia de levitação magnética.

5. Cairo - Cidade do Cabo (África)
Já para quem procura luxo, conforto e paisagens exóticas, o Rovo Rail, na África, é ideal. O refinado e elegante trem, chamado também de "Pride of Africa", é o mais caro do mundo. Com um serviço espetacular e uma cozinha de alta qualidade, a viagem vai do Cairo, no Egito, até a Cidade do Cabo, na África do Sul, passando pelas Cataratas Vitória e pelo deserto de Namíbia. O passeio também conta com tours guiados e safáris em todas as paradas. 

Projeto transforma linhas aposentadas de metrô em ciclovia

15/02 - Época Negócios / Revista Ferroviária


As ruas, já tomadas por carros e pelo comércio, nem sempre são o espaço mais amigável para os ciclistas. Um projeto premiado esta semana em Londres pretende resolver esse problema com uma solução inusitada: criar uma ciclovia subterrânea.

A proposta, batizada de "The London Underline", foi elaborada no ano passado pelo escritório Gensler e inspirada pela infraestrutura da capital da Inglaterra - que possui vários túneis de metrô desativados. A ideia seria renovar esses espaços para criar um local de circulação para pedestres e ciclistas, além de equipá-lo com lojas e espaços culturais. Em alguns trechos, o Gensler propõe a instalação de um piso especial que transformaria a energia dos passos em energia elétrica e seria capaz de iluminar os túneis.

O London Underline ganhou o prêmio de Melhor Projeto Conceitual no London Planning Awards. "Agora que Londres atingiu seu maior nível populacional da história precisamos pensar com criatividade sobre como maximizar o potencial da nosa infraestrutura. A adaptação dos túneis subutilizados de trem e metrô oferecem um acréscimo rápido e simples à nossa rede estrutural, afirmou em nota  Ian Mulcahey, co-diretor do escritório londrino da Gensler. Será que a moda pega?

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Aposentado coleciona réplicas de trem e sonha em entrar no Guinness

06/02 - Gizele Silva / G1 PR, em Ponta Grossa
Pavelec mostra maquete de ferrovia feita por ele (Foto: Gizele Silva/G1 PR)
Quem visita o aposentado José Francisco Pavelec, 65 anos, mergulha na história das principais locomotivas do mundo através das réplicas que enchem todos os espaços do apartamento. O ferreomodelista e preservacionista da memória ferroviária, não catalogou a coleção, porém, acredita ter mais de 20 mil peças. Veja a galeria de fotos.

“Eu queria muito entrar no Guinness Book porque eu conheço apenas dois grandes colecionadores do mundo, mas eu acho que eles não têm tantas peças quanto eu”, diz o aposentado, que mora em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais do Paraná.


Superação marca a história da estrada de ferro na Serra do Mar

06/02 - Paraná Online / Revista Ferroviária


Considerada uma das maiores e mais ousadas obras da engenharia mundial, a estrada de ferro Curitiba-Paranaguá completou 130 anos de muita história, curiosidades e belos passeios. Muitos obstáculos foram vencidos para construí-la. A ferrovia passa por túneis, contorna profundos abismos e corta uma belíssima reserva de Mata Atlântica da Serra do Mar. O objetivo era facilitar o acesso entre as cidades do litoral do Paraná e a capital, além de ligar o Porto de Paranaguá aos estados do Sul, para escoar a produção de grãos.

Idealizada pelos irmãos Antônio e André Rebouças, a construção começou em 1880, com a presença do imperador D. Pedro II. Mesmo com vários engenheiros europeus da época tendo declarado que o projeto era impraticável, a obra iniciou em três frentes simultâneas: entre Paranaguá e Morretes (42 km), entre Morretes e Roça Nova (38 km) e entre Roça Nova e Curitiba (30 km). O construtor inicial Giusepe Ferrucini desistiu da obra no quilômetro 45, considerando-a impossível. Teixeira Soares o substituiu.

Quase dez mil homens foram recrutados para erguer a estrada de ferro, a maioria imigrantes que trabalhavam na lavoura. Por causa das condições precárias de segurança, cerca de 5 mil homens faleceram durante a construção. Pontes de aço foram importadas da Inglaterra e montadas no local. Paredões foram abertos, mas a natureza foi preservada. Após cinco anos, a ferrovia foi inaugurada em 2 de fevereiro de 1885. Engenheiros, autoridades, jornalistas e convidados participaram da primeira viagem entre Paranaguá e Curitiba, que durou nove horas.

Nos 110 quilômetros de extensão, foram realizadas 420 obras de engenharia, entre elas: 13 túneis, 30 pontes, seis estações e vários viadutos de grande vão. Destaques para a Ponte São João, com 55 metros de altura, e o Viaduto Carvalho, ligado ao Túnel do Rochedo, assentado sobre cinco pilares de alvenaria na encosta da rocha.

Ferrovia Tereza Cristina completa 18 anos

06/02 - Revista Ferroviária


A Ferrovia Tereza Cristina completou 18 anos de administração privada dia primeiro de fevereiro de 2015. De lá para cá, superou 49 milhões de toneladas transportadas, promoveu uma série de melhorias e aprimorou as operações investindo mais de R$ 53 milhões em modernização de locomotivas, vagões e equipamentos de oficinas, recuperação da via permanente, sinalização, segurança de passagens em nível, desenvolvimento de softwares de gerenciamento operacional, adequações ambientais, capacitação do quadro de colaboradores e em programas de Responsabilidade Social, voltados para o bem-estar e qualidade de vida das comunidades lindeiras. A ferrovia passa por 14 municípios e possui uma malha de 164 km.

Seu principal desafio no momento é o de reerguer o modal ferroviário no Sul do Estado, com foco no transporte de carvão da região carbonífera para o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, em Capivari de Baixo. Já principal expectativa da FTC é a implantação dos projetos Ferrovia Litorânea e Ferrovia Leste-Oeste. Serão construídos importantes corredores de cargas, ao permitir ampliar o acesso ferroviário aos portos e ao extremo oeste do estado, o que contribui significativamente para o desenvolvimento de Santa Catarina. Essa ampliação proporcionará o transporte de muitos outros produtos, como cerâmica, granéis agrícolas e minerais, fertilizantes, metalúrgicos e siderúrgicos, produtos frigorificados, madeiras e derivados, carga geral e contêineres.

Nesses 18 anos de administração privada, a Ferrovia recolheu aos cofres públicos mais de R$ 142 milhões a título de concessão, arrendamento e tributos.