domingo, 12 de julho de 2015

Eventos marcam 140 anos da Estrada de Ferro Sorocabana

12/07 - Diário de Sorocaba / Revista Ferroviária


Eventos organizados pela Secretaria da Cultura da Prefeitura marcaram na terça (7) e quarta-feira (8) a passagem do 140º aniversário de inauguração da antiga Estrada de Ferro Sorocabana, ocorrida a 10 de julho de 1875. Foi exibido o documentário "A Sorocabana: Ferrovia-Cultura" e também aconteceu a abertura da exposição "Imagens da Ferrovia".

Em 10 de julho de 1875 era inaugurado o primeiro trecho da Estrada de Ferro Sorocabana, interligando a cidade por meio dos trilhos, a partir de Ypanema, a São Paulo. A implantação desta ferrovia no Oeste paulista foi de grande importância para o desenvolvimento do interior do País, pois pelos trilhos da Sorocabana, cidades foram fundadas e povoadas; passageiros e produtos eram transportados em seus ramais que foram se expandindo ao longo das décadas. A Estrada de Ferro também foi responsável pela vinda de novos habitantes para Sorocaba, que se mudaram para cá em busca de oportunidades profissionais. Além disto, a Sorocabana contribuiu para o desenvolvimento do comércio e da indústria no Estado de São Paulo.

No documentário "A Sorocabana: Ferrovia-Cultura", produzido por Márcio Schimming Dias Lopes e Tauana Fontão, e viabilizado com recursos da Lei de Incentivo a Cultura (Linc) do Município, o público pode conhecer casos, experiências e o dia a dia de trabalhadores, familiares e pesquisadores da Estrada de Ferro Sorocabana, uma das mais importantes iniciativas ao desenvolvimento do transporte ferroviário no Brasil. Entre os entrevistados, estão o pesquisador Adolfo Frioli e ferroviários aposentados.

A MOSTRA - Já na exposição "Imagens da Ferrovia", os visitantes poderão conferir fotografias, pinturas e desenhos de diversas personalidades conhecidas e anônimas que mostram momentos em que a Sorocabana se fez presente, tanto na memória afetiva da cidade, quanto na história nacional.

Viagem de trem passa por viadutos de 100 anos e cânion em torno de rio

12/07 - G1 / Revista Ferroviária


Uma viagem de trem puramente contemplativa, que leva a vilarejos com poucas centenas de habitantes, começa em uma estação de trem considerada uma das mais bonitas do mundo e passa por uma ferrovia construída há mais de 100 anos que margeia um cânion forjado por um rio. Essa é a descrição mais básica da Taieri Gorge Railway, ferrovia que passa por paisagens que não podem ser acessadas de outra forma na Nova Zelândia, e atrai turistas de todo o mundo.

O passeio mais popular é o que vai de Dunedin, cidade litorânea na ilha sul, famosa por sua universidade, a maior do país, até Pukerangi – com extensão uma ou duas vezes por semana até o vilarejo de Middlemarch. A maior parte dos passageiros faz o trajeto de ida e volta, que até Pukerangi dura no total quatro horas.

Durante a viagem, paisagens cada hora mais bonitas vão surgindo pela janela – convidando os passageiros a encarar o vento frio e as baixas temperaturas que atingem a região na maior parte do ano para ficar do lado de fora, nas interligações entre vagões, onde a experiência fica ainda mais interessante com o vento batendo no rosto e a ausência de interferência dos vidros das janelas.

O passeio feito pelo G1 foi apenas de ida, até Pukerangi. Foram cerca de duas horas, com uma parada e algumas reduções de velocidade para fotos, para completar 58 km.

O trajeto margeia em metade de seu caminho o desfiladeiro Taieri, um cânion forjado pelo rio de mesmo nome. A ação da natureza gerou paisagens encantadoras, ressaltadas pela vegetação avermelhada de outono, o céu azul e o sol da tarde.

O trem avança pelo desfiladeiro de uma maneira que hoje parece fácil, mas que exigiu a construção de dez túneis – o mais longo com 437 metros - e diversas pontes e viadutos. Apesar das mudanças, a ferrovia de alguma maneira se funde com a natureza, em uma simbiose na qual uma parece completar a outra perfeitamente.

Uma das pontes, o chamado de viaduto Wingatui – uma estrutura de ferro de 197 metros de comprimento, localizada a 47 metros de altura – foi construída em 1887 e é considerada por especialistas uma verdadeira obra de arte da engenharia. O viaduto é uma das maiores estruturas de ferro do hemisfério sul.

A viagem é feita para a contemplação – o importante não é o destino em si, mas o caminho por onde se passa, a ação da natureza, e a sensação de se estar em um local único, isolado, no qual é possível voltar no tempo e reduzir a velocidade da vida para prestar atenção no que é único.
Construção há mais de 100 anos

A ferrovia começou a ser construída no fim do século XIX e entrou em operação no início do século XX. Ela funcionou até 1990, quando as linhas de carga foram fechadas. Logo depois, o serviço de trens de turismo começou a operar, chegando à maneira como é oferecido atualmente.

O início da construção da ferrovia coincidiu com o período em que Dunedin era o centro comercial da Nova Zelândia – a cidade foi a primeira a ser construída no país. O novo caminho servia principalmente para o transporte de cargas, como bens de consumo e matéria-prima.

Em 1906 foi inaugurada a estação de trem da cidade, um prédio que já foi eleito pela revista americana especializada em turismo ‘Condé Nast Traveler’ como uma das estações ferroviárias mais bonitas do mundo.

Mais de 100 anos depois, ela conserva sua glória, combinando o estilo arquitetônico flamengo-renascentista com o revestimento externo, que tem pedras brancas calcárias locais claras, chamadas de Oamaru, e rochas negras basálticas. A estação é grandiosa e cheia de detalhes, chamando a atenção no centro de Dunedin, que mesmo com mais de 110 mil habitantes conserva o estilo de pacata cidade do interior.

Dentro o acabamento é luxuoso, do teto aos banheiros. O hall onde são feitas as reservas têm um piso feito em mosaico, com mais de 750 mil pedaços de porcelana. A principal plataforma de embarque, com um quilômetro de extensão, é a maior do país, e vira palco do principal desfile de moda da ilha sul todo mês de outubro.

Trem entre China e Europa irá operar uma vez por semana a partir do próximo ano

12/07 - CRI / Revista Ferroviária


O trem chinês que atravessa os continentes da Ásia e da Europa e que começou a sua operação em maio deste ano, irá realizar o seu percurso uma vez por semana, a partir do próximo ano.

O trem que opera entre a cidade chinesa de Yiwu e Madrid, transporta as mercadorias de Yiwu para os países situados ao longo da linha e, durante o percurso de regresso, transporta para a China os produtos de azeite e vinho da Espanha.

Além de ter acesso às fontes estáveis de mercadorias, a linha ferroviária possui também vantagens na passagem aduaneira, baixo custo de logística, rapidez e segurança.

O trem tem como sua estação de partida a cidade Yiwu, passando pela Região Autônoma da Nacionalidade Uigur de Xinjiang, Cazaquistão, Rússia, Bielorrúsia, Polônia, Alemanha, França até chegar a Madrid, com uma distância total de 13.052 quilômetros e cerca de 20 dias de percurso.

Com cinco novas linhas, turismo ferroviário deve atrair 3 milhões de pessoas em 2015

12/07 - O Globo / Revista Ferroviária


Subir a serra da Mantiqueira sobre trilhos, pela ferrovia The Rio and Minas Railway, inaugurada em 1884, e chegar à estação Coronel Fulgêncio. No meio do caminho, uma parada na estação de Manacá, que serviu como posto das tropas federais durante a Revolução de 1932. Tudo isso em meio a paisagens rurais e a bordo de uma locomotiva de 1925. Não é preciso voltar no tempo para fazer o roteiro. O “Trem da Serra da Mantiqueira”, na cidade de Passa Quatro, em Minas Gerais, é uma das 33 linhas ferroviárias turísticas em operação no país.

Ainda este ano, mais cinco trechos serão inaugurados. O de Guararema, no interior de São Paulo, deve começar a operar até agosto. O trem vai percorrer a antiga Estrada de Ferro Central do Brasil, através da locomotiva 353, o maior trem a vapor em operação no país. O trajeto de 6,8 quilômetros começa na Estação de Guararema, construída em 1891, e termina na Estação de Luis Carlos, inaugurada em 1914.

Também em São Paulo, o Trem Caipira inicia suas atividades no segundo semestre. Operado por um VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), o trajeto percorrerá um área de dez quilômetros, saindo do centro de São José do Rio Preto e chegando ao distrito de Engenheiro Schmitt, passando por fábricas de doces caseiros.

No Rio Grande do Sul, dois novos trechos começarão a funcionar em 2015. O Trem do Vale do Taquari e o Trem dos Pampas passarão por cidades no interior do estado. No Paraná, a inauguração do trajeto percorrido pelo Trem União da Vitória, que liga a cidade de mesmo nome a Matos Costa, também está marcada para o segundo semestre.

A procura pelo turismo ferroviário tem crescido, segundo a Associação Brasileira de Operadoras de Trens Turísticos (ABOTTC). Os últimos dados disponíveis apontam que, em 2010, cerca de 2 milhões de pessoas viajaram sobre os trilhos pelo país. Para 2015, a estimativa é de que o número de turistas chegue a três milhões.

A associação, em parceria com o Sebrae, lançou o projeto “Trem é Turismo”, com o objetivo de aprimorar a linha ferroviária, que, em outros tempos, já foi o principal meio de transporte do Brasil.

— Esperamos crescimento para dez milhões de turistas por ano e um aumento para 60 trens em dez anos — diz Luiz Carlos Barboza, coordenador do projeto.

Serviço:

Trem da Mantiqueira em Passa Quatro, MG. O percurso é de 1h15m e o passeio custa R$ 45. Saídas aos sábados e domingos, às 11h e às 14h30m. abpfsuldeminas.com/trem-da-serra-da-mantqueira